O Papel da Terapia Nutricional em Doenças Autoimunes
O impacto da nutrição na saúde humana é um campo de estudo em constante evolução. Nos últimos anos, a relação entre a alimentação e o sistema imunitário tem-se destacado, particularmente no contexto de doenças autoimunes. Para os profissionais de saúde e pacientes que procuram otimizar a gestão destas condições, uma abordagem terapêutica que integre a nutrição é fundamental. A Clínica Particular de Cerveira assume um papel de liderança ao fornecer serviços especializados nesta área, servindo toda a região do Alto Minho, incluindo municípios como Vila Nova de Cerveira, Caminha, Viana do Castelo e Valença.
A fisiopatologia das doenças autoimunes envolve uma disfunção do sistema imunitário, que ataca os próprios tecidos do corpo. A inflamação crónica é um fator central neste processo. A nutrição tem um papel crucial na modulação da resposta inflamatória através da ingestão de macronutrientes e micronutrientes específicos. A dieta pode atuar como um fator ativador ou inibidor da inflamação. Por exemplo, ácidos gordos ómega-3, encontrados em peixes gordos, têm propriedades anti-inflamatórias, enquanto a ingestão excessiva de gorduras saturadas, frequentemente presentes em alimentos processados, pode aumentar a inflamação.
Outro pilar da terapia nutricional é a saúde intestinal. O microbioma intestinal, a comunidade de microrganismos que habita o nosso intestino, está profundamente ligado ao sistema imunitário. Uma disbiose, ou seja, um desequilíbrio do microbioma, pode levar a um aumento da permeabilidade intestinal e, consequentemente, à entrada de toxinas e outras substâncias indesejadas na corrente sanguínea, que podem desencadear ou agravar uma resposta autoimune. Uma dieta rica em fibras prebióticas (em vegetais, frutas e legumes) e probióticos (em alimentos fermentados) é essencial para manter um microbioma saudável e uma barreira intestinal íntegra.
A abordagem deve ser sempre individualizada. Cada doença autoimune (como a doença de Crohn, a artrite reumatoide ou a tiroideite de Hashimoto) possui particularidades que exigem um plano nutricional adaptado. Um nutricionista pode ajudar a identificar e eliminar potenciais gatilhos alimentares, como o glúten ou a lactose, que podem exacerbar os sintomas em alguns indivíduos. A suplementação com vitaminas e minerais, como a vitamina D, o selénio e o zinco, também pode ser considerada, sempre sob orientação profissional, pois deficiências nestes micronutrientes são comuns e podem influenciar a resposta imunitária.
É de extrema importância que a nutrição seja vista como parte de um plano de tratamento multidisciplinar. A colaboração com outras especialidades, como a nutrição em patologias/situações específicas ou a fisioterapia, garante que o paciente receba um cuidado holístico. O nosso objetivo não é só gerir os sintomas, mas também é melhorar a qualidade de vida a longo prazo.
Em suma, a nutrição funcional oferece ferramentas poderosas para a gestão das doenças autoimunes, atuando na inflamação e na saúde intestinal. Na Clínica Particular de Cerveira, a nossa equipa está preparada para guiar os pacientes nesta jornada de bem-estar.