Outono e Inverno
Período ideal para o tratamento de varizes e telangiectasias
As varizes e a doença venosa crónicas são uma condição comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
Na Europa Ocidental estima-se que 50% das mulheres e 20% dos homens apresentam diferentes graus desta patologia crónica.
É caracterizada por veias dilatadas, principalmente nas pernas, que podem causar dor, desconforto e problemas de saúde graves se não forem tratadas.
Existem estratégias de prevenção eficazes e tratamentos minimamente invasivos disponíveis.
Compreender a doença venosa
As veias varicosas ocorrem quando as veias estão dilatadas e cheias de sangue. Isto pode acontecer devido a válvulas finas e enfraquecidas, fazendo com que o sangue se acumule e não circule naturalmente.
Os fatores de risco incluem a genética, a idade, a obesidade, estar sentado(a) ou de pé durante muito tempo, alterações hormonais como a gravidez ou a menopausa.
Os sintomas incluem comichão, sensação de peso ou fadiga nas pernas, veias visíveis dilatadas e, por vezes, doridas e, em graus avançados, surgem alterações cutâneas, flebite ou úlcera.
A classificação em seis graus é agora melhorada com a investigação científica da nossa equipa do IPCA/Universidade do Minho, baseada em inteligência artificial e recentemente publicada na “Revista Nature”.
Com esta nova abordagem, os tratamentos minimamente invasivos podem ser utilizados com menos desconforto para os doentes.
Impacto psicológico
- Problemas de imagem corporal
– O aparecimento de varizes e telangiectasias pode levar a uma imagem corporal negativa e a uma baixa autoestima. As pessoas podem sentir-se constrangidas em relação às pernas, o que as leva a evitar atividades como usar calções, saias ou fatos de banho; - Constrangimento Social
– Devido ao embaraço ou vergonha da sua aparência, as pessoas podem evitar situações de contacto social, levando ao seu isolamento; - Ansiedade e Depressão
– O desconforto e a dor associados às varizes podem contribuir para a ansiedade e depressão. As pessoas podem preocupar-se com a sua saúde ou com a possibilidade de agravamento da sua condição, levando a uma sensação de desamparo e falta de apoio. - Impacto nas atividades diárias
– Os sintomas físicos das varizes, como dor, peso ou fadiga nas pernas, limitam a capacidade de uma pessoa realizar atividades e exercícios diários. Esta limitação pode levar a sentimentos de frustração e diminuição da qualidade de vida. - Preocupações sobre os riscos para a saúde
– As varizes e as telangiectasias estão por vezes associadas a problemas de saúde mais graves, como a insuficiência venosa crónica ou a trombose venosa profunda. A preocupação com possíveis complicações pode contribuir para o stress e ansiedade contínuos.
Outono e Inverno – estas estações são muitas vezes consideradas ideais para o tratamento.
- Período de recuperação: tratamentos como a escleroterapia ou o laser, embora não necessitem de inatividade, o inverno permite que os pacientes recuperem sem o desconforto do calor.
- Reduzir o inchaço: a temperatura mais baixa pode ajudar a minimizar o inchaço facilitando a avaliação dos resultados.
- Escolhas de vestuário: os doentes podem preferir usar calças compridas e camadas durante os meses mais frios, o que pode ajudar a esconder qualquer hematoma ou vermelhidão pós-tratamento.
Concluindo, podemos afirmar que as varizes e as telangiectasias são condições prevalentes que podem impactar significativamente a qualidade de vida. O tempo mais frio é propício ao bom resultado do tratamento.
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